Portugal - Erasmus+ de 18 a 22 de abril
Durante a semana de 18 a 22 de
abril estiveram no nosso agrupamento, no âmbito do Projeto Erasmus+, três
delegações de docentes da Lituânia, Turquia e Grécia para, em conjunto com a
equipa portuguesa levarem a cabo a 4.ª reunião transnacional subordinada à
temática Let’s Stop Violence through Art,
sports and literature (Vamos parar a violência na Escola através da Arte,
desporto e literatura).
Este
encontro teve como objetivo imediato a finalização dos chamados “intelectual
outputs”[1]
que estiveram na base da aprovação do referido projeto e que conglomeram as
múltiplas atividades e ações desenvolvidas: a criação de um blogue, a operacionalização de um
webinar, a publicação de um livro ou a criação de um site para enumerar apenas algumas.
Nesta
linha, os dias foram parcialmente utilizados para reuniões de trabalho embora,
no programa constassem, ainda, várias visitas lúdico- pedagógicas que foram
integralmente cumpridas.
A
semana teve o seu início com a receção oficial na sede do agrupamento onde o
Sr. Diretor expressou o seu agrado e importância, para a comunidade escolar,
deste Projeto. Mais tarde os alunos do Agrupamento presentearam os presentes
com uma atuação musical. De resto, a participação ativa dos alunos/formandos
foi uma constante o que atesta, mais uma vez, o seu envolvimento e o cariz
multidisciplinar e a troca de informação como um dos pilares para o
desenvolvimento integral das nossas crianças e jovens num mundo ávido “da formatação
em série” e da manipulação dócil.
Na
esteira prolixa de um colega de profissão que afirma que “de onde menos se
espera é de onde não sai nada” os nosso alunos excederam, em muito, as nossas
expetativas porque deles esperamos muito e o muito que esperamos é sempre
ultrapassado se os munirmos de oportunidades para serem criativos. Alguns bons
exemplos do que referimos convergem na peça de teatro que alguns alunos do 5.º
ano dramatizaram “The Little Match Girl”
(A pequena rapariga dos Fósforos) totalmente falada em inglês, com longas
didascálias e uma grande vertente catártica e moralística ou a apresentação de
trabalhos de divulgação turística sobre o nosso concelho e região, em contexto
de sala de aula, na nossa turma do Curso Profissional de Turismo, as atividades
multidesportivas na Barragem da Falperra ou, por fim, a atuação de uma banda,
constituída por alunos do nosso agrupamento, no jantar de despedida.
Por
último mas não menos importante, de referir que o nosso concelho com a sua
diversidade de fauna, flora, gentes, morfologia, tradições e o fácil e
inequívoco “entre quem é” é, na verdade, também, parte do “Reino Maravilhoso” a
que aludia Torga. Os docentes estrangeiros ficaram rendidos à profusão de
espaços naturais e humanos com potencial turístico e com os equipamentos que,
pouco a pouco, de forma sustentada, vão surgindo. Às vezes a melhor forma de
nos conhecermos é pela “lente” dos outros, esse fenómeno a que chamamos de
alteridade e que nos tem vindo a (en)formar e a enriquecer ao longo do nosso
devir histórico. Possivelmente, como escrevia um grande estudioso da História
de Portugal, Charles Boxer, (inglês) no que toca à miscigenação e ao contato
com o outro “the portuguese are diferent” percebi, pelo contexto, que ele
queria dizer “melhores”.
José
Carlos Oliveira Machado
José António Liberato
[1] Produtos
intelectuais que são, grosso modo, a
face mais visível destes Projetos e que são consequência mediata das inúmeras
atividades levadas a bom termo (durante a duração do Projeto) quer de docentes
quer de discentes e outros agentes educativos.
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