Dois anos de trabalho
Foi aprovado mais um projeto Erasmus+. Países: Portugal, Lituânia, Grécia e Turquia. A escola deve contribuir para a formação de cidadãos livres, reflexivos, tolerantes, responsáveis, solidários, com espírito crítico, respeitando os outros, respeitando as diferenças de ideias e culturas, abertos ao diálogo e à tolerância. Proporcionamos aos nossos alunos e professores intercâmbios internacionais, capazes de fazer projetar atitudes de convivência pacífica no nosso universo europeu e mundial.
domingo, 20 de novembro de 2016
RELATÓRIO
– ERASMUS+
“Let’s stop Violence through Arts, Sports and
Literature”
O
projeto “Let’s stop Violence through Arts, Sports and Literature” partiu da
proposta e da vontade da associação de pais em motivar os professores e os
alunos para o envolvimento em projetos internacionais. A proposta foi
apresentada e aprovada em 2013 em Conselho Pedagógico, tendo o Departamento de
Ciências Exatas assumido a sua elaboração e apresentação à Agência Nacional
Erasmus.
O
coordenador do Departamento procedeu aos contactos com os vários parceiros dos
países participantes e solicitou a minha colaboração, dado que eu tinha
coordenado os anteriores projetos europeus. Depois da elaboração do projeto e
na fase de conclusão, o Coordenador do Departamento convidou-me para ser o
coordenador deste projeto, dada a minha já vasta experiência em anos
anteriores. Alguma complexidade na implementação e gestão destes projetos
motivou tal convite.
Depois
de aprovada a candidatura com a subvenção de 32.350,00 € era necessário
desenvolver atividades para promover a implementação do projeto.
Para
o desenvolvimento deste projeto foram levadas a cabo reuniões com pais,
professores, alunos e comunidade educativa, dando voz a uma preocupação identificada
na auto-avaliação do Agrupamento: “Pouco
envolvimento da comunidade, em particular dos pais/encarregados de educação, na
aplicação e no acompanhamento de medidas que reduzam o insucesso dos seus
educandos.”[1]
Tendo
uma visão global do papel da escola no desenvolvimento integral dos nossos
alunos, soubemos antecipar o desiderato das instituições europeias vertido no
recente Referencial Dimensão Europeia da Educação de 2016. Os alunos foram
envolvidos através de atividades e concursos, com o objetivo de haver um maior
sentimento de pretença ao projeto. Estes promoveram contactos com os alunos das
escolas parceiras para partilharem atividades e práticas culturais, dando
cumprimento à ambição das instituições europeias quanto à Dimensão Europeia da
Educação. “Enquanto processo educativo, a
educação para a cidadania e a Dimensão Europeia da Educação, visa contribuir
para a formação de pessoas responsáveis, autónomas e solidárias que conhecem e
exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com
espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.”[2]
O nosso projeto visou a persecução destes objetivos na formação integral
dos alunos.
Durante
o projecto, foram sendo distribuídos questionários relacionados com as
atividades a todos os envolvidos. Os diários das atividades foram uma forma de monitorizar
e compreender se os objetivos estavam a ser atingidos. O sentimento que os
alunos foram manifestando ao longo do projeto faz-nos compreender que estes
projetos são significativos para as vivências dos alunos. Eles procuram “contribuir para o conhecimento e
envolvimento dos alunos no projeto de construção europeia, incentivar a sua
participação e promover uma identificação com os valores europeus. Pretende-se,
assim, promover um melhor conhecimento da Europa e da União Europeia,
nomeadamente das suas instituições, do seu património cultural e natural e dos
desafios com que se defronta a Europa contemporânea.”[3]
Os
relatórios que em cada atividade foram elaborados permitiram uma avaliação
constante das atividades. Todos os parceiros fizeram um esforço para o
conhecimento mútuo através de uma comunicação frequente. As tarefas foram
facilmente distribuídas e assumidas num clima de colaboração e interação. Foram
propostas algumas atividades de complemento e de organização para levar a cabo
os objetivos propostos. Privilegiamos a colaboração com a comunidade educativa
e com as instituições públicas ou privadas da área de residência. O
envolvimento das instituições nas mobilidades dos alunos e professores foi
muitas vezes determinante para o sucesso das mesmas.
O
número de parceiros equilibrado foi uma vantagem na redução de conflitos.
Quanto maior for o número de parceiros mais dificuldades de organização se
levantam. Tivemos sempre a capacidade de diálogo e de compreensão do outro o
que permitiu levar a cabo as atividades sem qualquer dificuldade.
Houve,
no entanto, algumas dificuldades que influenciaram negativamente o bom
funcionamento do projecto, tais como: as diferenças nos sistemas educativos de
cada país criam algumas dificuldades de organização, nomeadamente, marcação de
mobilidades, saída de alunos e questões burocráticas; a falta de tempo dos
professores para um acompanhamento mais efetivo de todas as atividades foi uma
constante. Levar a cabo um projeto desta envergadura requer grande
disponibilidade de tempo e de meios. A escola não atribui qualquer benefício
letivo ao coordenador destes projectos, pelo que se torna muito difícil levar a
cabo todas as atividades planeadas.
Fomos
sempre capazes de resolver todas as situações mais problemáticas que se
apresentaram, num clima de compreensão, colaboração e amizade.
A
nossa instituição estava encarregue de atividades ligadas às artes tradicionais,
danças e música tradicional (a máscara portuguesa no contexto social), jogos
tradicionais, elaboração de Dicionário nas várias línguas do projeto, criação
de cartazes e folhetos para divulgação do projeto e das atividades. Todas estas
atividades “possibilitam às crianças e
aos jovens não só a aprendizagem de um conjunto de conteúdos associados às
temáticas da construção e da identidade europeia, no contexto de uma formação
para a cidadania global, como o desenvolvimento de atitudes e valores que levarão
à tomada de consciência da riqueza e da diversidade cultural da Europa. A
vivência de diversos quotidianos em países europeus, reconhecendo também as
identidades locais e regionais, e as relações de amizade que os intercâmbios e
projetos europeus, contribui decisivamente para o conhecimento e para a
valorização das múltiplas identidades, das instituições e dos modos de vida dos
cidadãos europeus, ao mesmo tempo que reforçam o sentido de pertença e
identidade, ao nível regional, nacional, europeu e universal.”[4]
O
nosso projeto visava também o desenvolvimento de atividades com vista a reduzir
a violência e o bullying nas nossas escolas, criando oportunidades de interação
social e diálogo inter-cultural entre os jovens dos países parceiros. As
atividades propostas são destinadas a promover e reforçar comportamentos positivos,
evitando os negativos. Tivemos em conta os seguintes pontos fundamentais: a avaliação
contínua da recuperação das características culturais de cada país participante
através de suas artes tradicionais e da interferência devido à globalização;
apresentação de várias atividades para dar a conhecer a cultura de cada país
(danças, músicas e instrumentos musicais, representações e trajes
tradicionais). Estas atividades permitiram dar a conhecer a nossa cultura e
proporcionar, na escola, espaços de convivência e partilha, capazes de promover
o sucesso educativo e um clima gratificante.
A
construção da Europa passa pelo papel dos projetos e da escola como espaço
fundamental “para permitir que cada um
esteja informado e compreenda o sentido da construção europeia. Todos os
sistemas de ensino deverão assegurar que os seus alunos disponham, no fim do
ensino secundário, das competências e dos conhecimentos que lhes permitam estar
preparados para o seu futuro papel de cidadãos europeus. Isto exige sobretudo
um reforço do ensino de línguas a todos os níveis e da dimensão europeia na
formação dos docentes e nos programas do ensino primário e secundário."[5]
2.
Das atividades e
materiais do projecto
Foram
elaborados manuais de viagem: em cada mobilidade foram preparados manuais do
viajante específicos para cada mobilidade. Antes da viagem cada participante tinha
uma ideia mais consistente sobre o país que ia visitar. Estes manuais incluem
tesouros culturais, características geográficas, lugares históricos,
facilidades de viagem nos países de acolhimento.
As
atividades de projeto, da nossa parceria, tiveram sempre em linha de conta as TIC
e o desenvolvimento de competências nas várias línguas do projeto (criação de
apresentações, vídeos e o desenvolvimento de dicionário multilingue com recurso
a várias técnicas de som e imagem). Tentámos sempre veicular a ideia da escola
como um lugar de excelência em aprendizagem construtiva e participação na vida
cívica.
Para
conseguir levar a cabo algumas atividades culturais, foram envolvidos alunos
com necessidades educativas especiais. A participação de alunos com
necessidades educativas especiais nas várias atividades foi conseguida criando
um clima de entusiasmo e alegria nestes alunos (participação em mobilidades,
apresentações em vídeo das atividades realizadas em aula para partilhar com os
alunos dos vários países). O projeto promoveu e reforçou comportamentos positivos,
evitando os negativos criando nos alunos grande entusiasmo e envolvendo as
famílias numa grande cooperação com a escola.
Segundo
o Referencial Dimensão Europeia da Educação “a Europa precisa de sociedades mais inclusivas e coesas que permitam
aos cidadãos desempenhar um papel ativo na vida democrática. A educação e o
trabalho com jovens são elementos chave para prevenir a radicalização violenta,
promovendo valores europeus comuns, fomentando a integração social, melhorando
a compreensão intercultural e o sentido de pertença a uma comunidade. O
Erasmus+ é um instrumento importante para promover a inclusão de pessoas
oriundas de meios desfavorecidos, em especial os migrantes recém-chegados, em
resposta a acontecimentos críticos que afetam os países europeus.”[6]
Tendo
em mente a importância da escola e o seu meio envolvente, conseguimos o empenhamento
da comunidade educativa em atividades da escola, bem como na participação nas atividades
do projeto em contacto com outras culturas e línguas (participação nas mobilidades, apresentação de actividades culturais aos
diversos parceiros). Promovemos o desejo de colaborar com instituições
locais e regionais, como está vertido no Projeto Educativo do Agrupamento: “a escola deverá envolver-se positivamente
com o meio circundante e proporcionar situações diversificadas de aprendizagem,
que incluam o contacto direto com a realidade económica, cultural e social, a
realização de pequenas investigações e experiências reais para que todos se vão
tornando observadores ativos, com capacidade para descobrir, investigar,
experimentar e aprender.
Nas parcerias,
deverá também promover-se a articulação de recursos, a nível regional, de modo
a convergir no sentido da elevação dos padrões de qualidade, de rentabilidade
dos recursos, de articulação pedagógica entre os diferentes ciclos e,
consequentemente, na redução do isolamento cultural e social da comunidade
escolar.
O Agrupamento de
Escolas de Vila Pouca de Aguiar tem sido membro parceiro de múltiplos Projetos
com entidades institucionais e associações e, também, com outras escolas, mesmo
de outros países, ao longo dos últimos anos. Urge reforçar e reformular esta
vertente que tem como objetivo ajudar a melhorar a qualidade da Educação e
desenvolver a cooperação entre as escolas e outros parceiros, facilitando a
comunicação e o conhecimento.”[7]
Durante
este projecto houve sempre um envolvimento ativo de todas as instituições
públicas e privadas na área de influência da escola (perto de meia centena): Associação de Pais, Câmara Municipal, CPCJ, Associação Cultural e Recreativa de Souto e
Outeiro, Rancho Folclórico da Junta de Freguesia de Vila Pouca de Aguiar,
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, CTM –
Centro de Treino Municipal, Jornal “Notícias de Aguiar”, Biblioteca Municipal, Clube
de Caça e Pesca de Vila Pouca de Aguiar, AguiarFloresta – Associação Florestal
e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar, AE Corgo, USTAG – Universidade das Terras
de Aguiar, Casa Fontes - Turismo Rural, Hotel Aguiar da Pena, Pedras Salgadas
SPA & Nature Park, Água das Pedras, Museu Municipal, Complexo Mineiro
Romano de Tresminas, Centro Interpretativo de Tresminas, Parque de Campismo e
Aldeia Rural, Centro Hípico de Pedras Salgadas, Parque Termal de Pedras
Salgadas, Termas de Pedras Salgadas, Montes de Encanto lda., Hotel Vidago
Palace Resort, Vidago Palace Golf, Centro Social Nossa Senhora do Extremo –
Tourencinho; juntas de freguesias: Alfarela de Jales, Alvão, Bornes de Aguiar, Bragado,
Capeludos de Aguiar, Pensalvos-Parada de Monteiros, Sabroso de Aguiar, Soutelo
de Aguiar, Telões, Tresminas, Valoura, Vila Pouca de Aguiar, Vreia de Bornes, Vreia
de Jales.
Todas
estas instituições colaboraram com o projeto na lógica e na linha do vertido no
Projeto Educativo do Agrupamento: “a afirmação
de uma escola de qualidade tem, portanto, muito a ver com a questão da
autonomia. O caminho a percorrer passa necessariamente pelo reforço da
participação dos pais/encarregados de educação, autarquia e outros
representantes da comunidade local, na direção estratégica dos estabelecimentos
de ensino.”[8]
As
atividades levadas a cabo permitiram um envolvimento da comunidade educativa
que em muito contribuíram para o sucesso global do projeto. Criaram um ambiente
facilitador de relações e de aprendizagem. O envolvimento dos pais e dos alunos
na criação das máscaras, dos jogos populares e na investigação sobre os
diversos países, promoveu o desenvolvimento de iniciativas que contribuíram
para a formação pessoal e social dos alunos. Permitiu uma abordagem e
desenvolvimento da cidadania europeia em meio escolar tomando conhecimento de
outras culturas.
O
nosso projecto vem ao encontro do Projeto Educativo que “define claramente como missão do Agrupamento formar cidadãos solidários
em que os valores da equidade, partilha, entreajuda e inclusão estejam sempre
presentes.”[9]
As
atividades desenvolvidas permitiram dar a conhecer a nossa cultura e proporcionar,
na escola, espaços de convivência e partilha, capazes de promover o sucesso
educativo e um clima gratificante. A violência escolar é atenuada com as
atividades propostas, dado que os alunos estão mais envolvidos na escola. Estas
atividades conjugadas com as atividades dos outros parceiros e o bom
relacionamento estabelecido com todos permitiram o sucesso completo do projeto.
Estas atividades possibilitaram aos jovens não só a aprendizagem de um conjunto
de conteúdos associados à temática do bullying, mas também da construção e da
identidade europeia, no contexto de uma formação para a cidadania global, como
o desenvolvimento de atitudes e valores que levarão à tomada de consciência da
riqueza e da diversidade cultural da Europa. Foi uma oportunidade de reconhecer
as identidades locais e regionais, e as relações de amizade que os intercâmbios
e projetos europeus permitem. Estes contribuem decisivamente para o
conhecimento e para a valorização das múltiplas identidades, das instituições e
dos modos de vida dos cidadãos europeus, ao mesmo tempo que reforçam o sentido
de pertença e identidade, ao nível regional, nacional, europeu e universal.
A
contextualização do currículo e a sua abertura ao meio, como é referido na
apresentação do Agrupamento para avaliação externa, “faz-se essencialmente através dos contactos e incorporação das
realidades do meio e dos contributos da comunidade envolvente, de modo a
aproximar o processo de ensino-aprendizagem da realidade concreta dos alunos. O
envolvimento dos alunos em projetos e em atividades diversificadas do PAA
(visitas de estudo, saídas de campo, concursos, palestras, exposições) e o
estabelecimento de parcerias com muitas instituições e entidades locais e
regionais são fundamentais para a desejável abertura ao meio e o
desenvolvimento e enriquecimento curricular.”[10]
Os projetos internacionais foram ignorados não tendo qualquer valor para o
relator do referido relatório. Se não é referido e valorizado é porque não
existe. A consequência está vertida no relatório de avaliação externa do
Agrupamento: não existe qualquer referência ao Projeto ERASMUS+, este projeto não
existe para os inspetores que avaliaram este Agrupamento.
Não
existe sensibilidade para percepcionar que estes projetos são fundamentais para
permitir que cada um esteja informado e compreenda o sentido da construção europeia.
O sentimento de pertença nos cidadãos da UE passa indubitavelmente pelo
desenvolvimento de projetos europeus. Há, no entanto, um longo caminho a
percorrer.
O Programa ERASMUS+,
através das atividades de cada país, proporciona a utilização do potencial do
talento e ativos sociais de forma eficiente, confirmando em simultâneo o
princípio da aprendizagem ao longo da vida.
Ao longo do nosso trabalho tivemos
sempre em mente os objectivos gerais do Agrupamento a atingir: “desenvolver nos alunos comportamentos,
atitudes e valores cívicos e morais; melhorar o sucesso escolar e as
aprendizagens; motivar os alunos para a escola e para as aprendizagens;
melhorar a articulação com o meio; valorizar o Agrupamento junto da comunidade;
mobilizar a comunidade na construção da identidade e cultura do Agrupamento;
aumentar o nível de cooperação com as Associações de Pais, Câmara Municipal e
outras entidades externas; reforçar o espírito de pertença dos agentes
educativos ao Agrupamento; melhorar o trabalho colaborativo entre os docentes;
promover estilos de vida saudáveis; desenvolver atitudes cívicas e solidárias
nos alunos; uniformizar procedimentos e práticas face à indisciplina dos
alunos; melhorar hábitos e atitudes cívicas desajustadas ao contexto escolar,
sobretudo na sala de aula, corredores, sala de convívio, refeitório e outros
espaços escolares; promover o sentido de responsabilidade nos alunos; divulgar
as boas práticas, o mérito e o trabalho desenvolvido no Agrupamento.”
Durante estes
dois anos do projeto tivemos sempre a preocupação de prosseguir os objetivos
gerais elaborados para o nosso Agrupamento. Como se pode verificar através das
atividades desenvolvidas com os nossos alunos, estes objetivos foram completamente
atingidos, tendo por base as áreas prioritárias diagnosticadas: “desenvolver nos alunos comportamentos,
atitudes e valores cívicos e morais; melhorar o sucesso escolar e as
aprendizagens; motivar os alunos para a escola e para as aprendizagens; fomentar
a aquisição de hábitos de estudo e de trabalho; promover a articulação e a
sequencialidade entre diferentes níveis e ciclos de ensino do Agrupamento;
melhorar a articulação com o meio; valorizar o Agrupamento junto da comunidade;
mobilizar a comunidade na construção da identidade e cultura do Agrupamento;
aumentar o nível de cooperação com as Associações de Pais, Câmara Municipal e
outras entidades externas; valorizar o espaço sala de aula como local
privilegiado de aprendizagem; reforçar o espírito de pertença dos agentes
educativos ao Agrupamento; melhorar o trabalho colaborativo entre os docentes;
promover estilos de vida saudáveis; desenvolver atitudes cívicas e solidárias
nos alunos; promover o sentido de responsabilidade nos alunos; proporcionar condições
para uma vivência em segurança e com disciplina na escola; divulgar as boas
práticas, o mérito e o trabalho desenvolvido no Agrupamento.”
Como
se pode facilmente verificar o projeto que agora termina foi capaz de dar
resposta ao quadro de referência para a avaliação externa das escolas nos campos:
RESULTADOS
Resultados sociais
•
Participação na vida da escola e assunção de
responsabilidades
Reconhecimento
da comunidade
•
Grau de satisfação da comunidade educativa
•
Formas de valorização dos sucessos dos alunos
•
Contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade envolvente
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
EDUCATIVO
Planeamento e
articulação
•
Contextualização do currículo e abertura ao meio
•
Trabalho cooperativo entre docentes
Práticas de ensino
• Adequação das atividades educativas e do ensino às
capacidades e aos ritmos de aprendizagem das crianças e dos alunos
• Adequação das respostas educativas às crianças e
aos alunos com necessidades educativas especiais
•
Metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens
•
Valorização da dimensão artística
•
Rendibilização dos recursos educativos e do tempo dedicado às aprendizagens.
LIDERANÇA E GESTÃO
Liderança
• Visão estratégica e fomento do sentido de pertença
e de identificação com a escola
•
Desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções inovadoras
•
Mobilização dos recursos da comunidade educativa
Autoavaliação e melhoria
•
Envolvimento e participação da comunidade educativa na autoavaliação[11]
Analisando
o quadro
de referência para a avaliação externa das escolas, que serve de guião para
a avaliação externa, verificamos que o nosso projeto responde às preocupações
do ministério da educação. Logo, é imperativo perguntar qual a razão para a
inspeção não valorizar, nem referir em parte alguma do relatório de avaliação,
o contributo do projecto Erasmus+ para o desenvolvimento do Agrupamento?
Os
projetos desenvolvidos contribuem para a “afirmação
de um Agrupamento agregador, inclusivo, com rosto, com identidade distintiva e
bem organizado é fundamental não apenas para melhorar os resultados académicos,
mas, também, para uma melhor inserção social (participação, voluntariado,
solidariedade e desenvolvimento cívico) das crianças e jovens, sob pena de
assistirmos à sua saída para outras escolas de fora do nosso concelho.”[12]
Nas
páginas seguintes apresentam-se documentos gerais sobre o projeto para uma
maior compreensão do seu alcance. Nos próximos meses será apresentado, como
resultado final, o livro do projecto com o trabalho desenvolvido durante estes
dois anos com o título, OVERCOMING THE RISKS OF EARLY SCHOOL LEAVERS AND IMPROVING
BASIC SKILLS.
Se queres um ano
de prosperidade, cultiva trigo.
Se queres dez anos de prosperidade, cultiva
árvores.
Se queres cem anos de prosperidade, cultiva
pessoas.
Provérbio Chinês
[1]
Autoavaliação do Agrupamento, Relatório do Plano de Ação – 2014/2015
[2]
Referencial Dimensão Europeia da Educação para a Educação Pré-Escolar, o Ensino
Básico e o Ensino Secundário, Direção-Geral da Educação, março de 2016.
[3] Idem.
[4] Idem.
[5] Idem.
[6] Idem.
[7] Projeto
educativo do Agrupamento 2015.
[8] Idem
[9] Documento
de Apresentação do Agrupamento, Avaliação Externa 2016.
[10] Idem.
Intellectual Output Detailed Description
Our book
Intellectual
Output Detailed Description
It is a well-known fact that
education shapes the contemporary world. It determines the exact value of
present and future. If you have a better education, it directly means you will
have a better status in modern society, better mental and physical health,
comfortable life and countless of positive returns. In addition to this if you
fail during the education process, you will unluckily get long-term social and
financial costs beforehand. Having all the abilities, facilities and
opportunities, one participates in a better social and economic environment.
Otherwise our insufficiencies generate higher expenses for health, support
poorer incomes and lessen life standards not only for our current positions but
also for the next generations, create an atmosphere of unsafe community. So an
acceptable and protective education system, which ensures loyalty to each
citizen and a prosperous future, objects to the requests and the interests of
the society.
Throughout the history we have experienced that
providing qualified education and bringing up conscious generation let us hope
that this automatically creates a fairer society. In course of time women have
performed impressive improvements and in many different parts of the world
diversity of earnings and prosperity has also increased, but total social
awareness has not increased. Despite the fact that students attend universities
continuously, a great number of them are still being left behind with
undesirable conditions. Based on the data we have we can say that in OECD
countries nearly one of three adults could have only primary or lower secondary
education – a real disadvantage in terms of employment and life chances. At the
same time, increased migration exhibits new challenges for social cohesion in
some countries while other countries face long-lasting troubles of combining
minorities. Fairness in education boosts social cohesion and trust.
Our book introduces how to improve equity in education
in three stages: the applied questionnaires about bullying in school system
and their analysis about bullying in
school system, practical event or lesson plans to overcome the risks of early
school leaving and improving basic skills and the results of students’ learning
/ teaching / training activities in Greece and Portugal. It suggests steps
which would help to reduce and even remove school failure and dropout rates,
make society fairer and avoid sharp borders in social costs for adults with
basic skills.
Our book, “Overcoming the risks of early school
leavers and improving basic skills” focuses on searching the causes and
results; possible precautions for Early School Leaving (ESL) and improving
basic skills for early school leavers in Turkey, Portugal, Greece and
Lithuania. Early School Leaving is a problem all over the world. Each ESL’er is
more likely to be isolated, to have unstable jobs with earning little money, to
lead a worse life and to face with difficulties in professional education. They
will probably be our daily partners and transform their personality in any
field of their life and as a result our lives.
ESL creates completely extensive "social"
loss (It leads to future social isolation and high level of necessity in the
health care). In the long lasting period, ESL founds a giant waste of
potential, individual, social and economic improvements. The reason of ESL is always
found in special cases which give form and raise to it in particular aspects.
It has not only individual but also social actions. It has mutual effect among
families and social background as well.
This situation is the result of a problem with
generally a long duration which frequently comes about before a teenager
attends school. Even though ESL’er is not separated from community, ESL is
combined with a large series of economic and social lacks. ESL’er most likely appears
from unemployed families; he/she is male rather than female; he/she could to be
handicapped with Special Educational Needs
(SEN), he/she could have adolescent mother with physical and/or mental
health difficulties; he/she could be from small groups or emigrant families.
In numerous situations, probably lots of these risks
are available, and various deficiencies boost considerably the possibility of
unfavourable consequences. The personal elements combined with ESL are in
general based in really poor families and social history and knowledge. Lots of
ESLs do not have qualifications or many of them quit training too. In spite of
some of these determinant, which are smoothly bonded to straight measure acts,
anyone can easily experience and participate in these types of incidents and
conditions, particularly in any level of training, which support or delay the
possibility of adolescents from parallel past ESL’ers. ESL’ers probably have
sophisticated ways of academic success, issue attitude and weak participation as
early as pre-school training extremely predictive of the possibility of their
next former departure. They characteristically act poorly at college, and are
academically and socially independent from school. They probably aren’t
present, and are considered as control issues.
ESL’ers probably arise from schools with poor economic
and social environments. The school compounds influence -the influence of the
all social category combination of a school population on the consequences of
students- is obvious. This influence is broken by schools’ structure and
directorship, teachers’ manners and their friends’ influences. The validity of
ESL alters with the concerning elements. Education system and local labour
influence vocational education.
Reactions to ESL handle it at different phases in the
duration. Identification roots these
behaviours which are related with ESL and they sometimes get useless tactics.
Tracked thanks to extensive works, such interferences have been remarkably
successful in decreasing the next ESL. Although the result for such research is
conducted after years, this is openly a case to help the future addition of the
judgment. Functional and exact strategies for schools can be constructive,
student based (objecting related students or groups of students), or school
environment (affecting all students). Functional strategies could be presented
to relatives. Even though political forces around these issues have likely to
restricted the improvement of this choice. Student based reactions have been
diverted to preventive "in risk" students towards forces which could
let them independent. They involve advising, especially face to face, and
watching students. Such reactions should supply concentrated help, and let ideal
application of other government and social services. Because all of these
reactions, monitoring for the students is suggested. . School wide reactions
focus especially on a series of curricular change, for example the presentation
of vocational and technical education, or bigger unity with other
representatives, involving labour areas. We see significant stress on the need
to transport subject-origin to skills-origins curriculum.
We think that it can be likely to define key factors
of withdrawing from school. It can be designed suitable replies to them.
Another chance plan can be introduced to support these who have already left
school early age. These seems to be more successful when these students are
offered some other experiences to traditional schooling, but generally it is
thought better to try to provide second chance success.
Finally, this book aims to find solutions and
applications that try to clarify the issue of ESL, the seriousness of the issue
has neither been properly recognized nor effectively responded to. Many of the
responses are based on diagnoses with rather narrow views of the nature and
depth of the issues. As we have examples of apparently successful
interventions, there are rarely attempts to "join them up", in more
comprehensive programmes.
Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar
Portugal - Erasmus+ de 18 a 22 de abril
Durante a semana de 18 a 22 de
abril estiveram no nosso agrupamento, no âmbito do Projeto Erasmus+, três
delegações de docentes da Lituânia, Turquia e Grécia para, em conjunto com a
equipa portuguesa levarem a cabo a 4.ª reunião transnacional subordinada à
temática Let’s Stop Violence through Art,
sports and literature (Vamos parar a violência na Escola através da Arte,
desporto e literatura).
Este
encontro teve como objetivo imediato a finalização dos chamados “intelectual
outputs”[1]
que estiveram na base da aprovação do referido projeto e que conglomeram as
múltiplas atividades e ações desenvolvidas: a criação de um blogue, a operacionalização de um
webinar, a publicação de um livro ou a criação de um site para enumerar apenas algumas.
Nesta
linha, os dias foram parcialmente utilizados para reuniões de trabalho embora,
no programa constassem, ainda, várias visitas lúdico- pedagógicas que foram
integralmente cumpridas.
A
semana teve o seu início com a receção oficial na sede do agrupamento onde o
Sr. Diretor expressou o seu agrado e importância, para a comunidade escolar,
deste Projeto. Mais tarde os alunos do Agrupamento presentearam os presentes
com uma atuação musical. De resto, a participação ativa dos alunos/formandos
foi uma constante o que atesta, mais uma vez, o seu envolvimento e o cariz
multidisciplinar e a troca de informação como um dos pilares para o
desenvolvimento integral das nossas crianças e jovens num mundo ávido “da formatação
em série” e da manipulação dócil.
Na
esteira prolixa de um colega de profissão que afirma que “de onde menos se
espera é de onde não sai nada” os nosso alunos excederam, em muito, as nossas
expetativas porque deles esperamos muito e o muito que esperamos é sempre
ultrapassado se os munirmos de oportunidades para serem criativos. Alguns bons
exemplos do que referimos convergem na peça de teatro que alguns alunos do 5.º
ano dramatizaram “The Little Match Girl”
(A pequena rapariga dos Fósforos) totalmente falada em inglês, com longas
didascálias e uma grande vertente catártica e moralística ou a apresentação de
trabalhos de divulgação turística sobre o nosso concelho e região, em contexto
de sala de aula, na nossa turma do Curso Profissional de Turismo, as atividades
multidesportivas na Barragem da Falperra ou, por fim, a atuação de uma banda,
constituída por alunos do nosso agrupamento, no jantar de despedida.
Por
último mas não menos importante, de referir que o nosso concelho com a sua
diversidade de fauna, flora, gentes, morfologia, tradições e o fácil e
inequívoco “entre quem é” é, na verdade, também, parte do “Reino Maravilhoso” a
que aludia Torga. Os docentes estrangeiros ficaram rendidos à profusão de
espaços naturais e humanos com potencial turístico e com os equipamentos que,
pouco a pouco, de forma sustentada, vão surgindo. Às vezes a melhor forma de
nos conhecermos é pela “lente” dos outros, esse fenómeno a que chamamos de
alteridade e que nos tem vindo a (en)formar e a enriquecer ao longo do nosso
devir histórico. Possivelmente, como escrevia um grande estudioso da História
de Portugal, Charles Boxer, (inglês) no que toca à miscigenação e ao contato
com o outro “the portuguese are diferent” percebi, pelo contexto, que ele
queria dizer “melhores”.
José
Carlos Oliveira Machado
José António Liberato
[1] Produtos
intelectuais que são, grosso modo, a
face mais visível destes Projetos e que são consequência mediata das inúmeras
atividades levadas a bom termo (durante a duração do Projeto) quer de docentes
quer de discentes e outros agentes educativos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)